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Delegado diz que operação mirou a logística das organizações criminosas no litoral 

A investigação buscou enfraquecer a atuação dessa facção no litoral do Piauí

07/06/2022 12:39

Os presos durante a Operação Desmonte 5 deflagrada nesta terça-feira (07/06) pela Força Tarefa no litoral do Piauí e Ceará exerciam diferentes tarefas dentro da facção criminosa alvo da ação policial. Parte dos presos integravam um grupo responsável pelo tráfico de drogas, enquanto outro pela logística de lavagem de dinheiro.

Em entrevista coletiva, o delegado Albert Sérvio, da Polícia Federal, explicou que alguns dos presos emprestaram contas bancárias para que as organizações conseguissem movimentar os valores arrecadados com o tráfico de drogas e outros alvos ajudavam a facção na compra de veículos e imóveis.

“Existe uma divisão de tarefas. Cada pessoa tem uma tarefa específica dentro da complexidade do crime. Parte dessas pessoas tem relacionamento direto com o tráfico de drogas, outra parte são pessoas que utilizaram suas contas bancárias para receber valores do tráfico e para comprar veículo e imóveis que servem como logística das facções”, disse o delegado.

Foto: Divulgação / PF

Albert Sérvio comentou ainda que os veículos e imóveis adquiridos pelo grupo tinha como objetivo ser incorporados a logística de atuação do tráfico de drogas. Para ele, a operação mirou nessa logística, o que deve enfraquecer a atuação dessa facção no litoral do Piauí.

“Serão alvos de investigações não só aqueles que pegam na droga ou na arma, mas também todas as pessoas que cedem seus nomes para os registros de imóveis e de veículos comprados com o dinheiro do crime. E também serão alvos de investigações as pessoas que cedem seus nomes para abrir contas bancárias para circulação de valores que tem origem criminosas”, disse o delegado.

A operação

Polícia Federal amanheceu esta terça-feira (07) cumprindo mandados judiciais com o objetivo de combater os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas praticados por grupos que atuam na região Norte do Piauí e no Ceará. Ao todo, são 36 ordens judiciais, sendo 13 de prisão temporária e 36 de busca e apreensão sendo executados nas cidades de Parnaíba e Cocal, e em Camocim, no estado vizinho. 

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